Crescimento de erva-baleeira e composição química do óleo essencial
DOI:
https://doi.org/10.19084/RCA17094Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do espaçamento e da cobertura morta sobre a produção da biomassa, composição química e produção do óleo essencial de erva-baleeira. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial 2×2: dois espaçamentos (1.6 × 0.5 m e 1.0 × 0.5 m), com e sem cobertura morta, sendo utilizadas cinco repetições. Ao final, a combinação entre espaçamento e presença e ausência de cobertura não influenciaram na altura e diâmetro do caule. No entanto, influenciou na matéria fresca: 8765.00 kg ha-1 (1.0 × 0.5 m, com cobertura) e 6112.50 kg ha-1 (1.6 × 0.5 m, sem cobertura). O espaçamento 1.0 × 0.5 m foi o que proporcionou maior matéria seca (3052.14 kg ha-1). Para a produção de óleo essencial, a combinação do espaçamento de 1.0 × 0.5 m, com cobertura proporcionou maior produção (484.50 kg ha-1). Foram detectados 27 compostos dos quais 23 foram identificados, sendo a maior parte sesquiterpenos e monoterpenos. O α-pineno e o β-cariofileno apresentaram maiores abundâncias em todas as amostras, independente do tratamento. Os teores de α-humuleno e β-cariofileno, que são os dois marcadores químicos da espécie, não diferiram estatisticamente. Em todos os tratamentos, o teor de α-humuleno foi suficiente para atender às exigências da indústria farmacêutica. Assim a alteração no espaçamento e na cobertura do solo influencia na produção do óleo essencial, e da biomassa, porém não influencia nos teores do α-humuleno e do β-cariofileno.