Tratamentos em campo com fungicidas e solução nutritiva em castanheiros: incidência de podridões e de Gnomoniopsis smithogilvyi na castanha pós-colheita
DOI:
https://doi.org/10.19084/rca.27620Resumo
Gnomoniopsis smithogilvyi é o principal agente da podridão castanha em castanhas na pós-colheita, uma ameaça à sustentabilidade do mercado Europeu. Com o objetivo de reduzir os níveis de infeção da castanha foi avaliado, em campo, o impacto da aplicação de produtos comerciais no controlo de G. smithogilvyi.
Árvores da variedade ‘Bouche de Bétizac’ com 8 anos foram tratadas com Bacillus amyloliquefaciens e tebuconazol (2x em junho e 1x em julho) e óxido de silício (em junho, julho e agosto), aplicados por pulverização foliar. Foram colhidos 120 ouriços por tratamento para avaliação biométrica, 200 castanhas por tratamento para avaliação externa e interna e 10 castanhas por tratamento para a análise microbiológica.
Na análise biométrica as castanhas apresentaram melhores parâmetros perante a solução nutritiva. Nas análises microbiológicas, em todos os tratamentos foi detetado G. smithogilvyi, exceto nas castanhas tratadas com B. amyloliquefaciens e tebuconazol no momento da apanha e, no caso do tebuconazol, após 1 e 2 meses de armazenamento (4 ºC). Análises efetuadas à farinha a partir de castanhas armazenadas a -20 ºC e tratadas com tebuconazol, não detetaram resíduos desta substância. Ambos os fungicidas apresentaram efeitos promissores contra G. smithogilvyi. Porém, com a retirada do tebuconazol do mercado europeu, os biocidas poderão ser uma alternativa.
Palavras-chave: castanhas, podridão castanha, souto