Efeitos da utilização de corretivos derivados de biorresíduos nas substâncias húmicas e nas propriedades bioquímicas do solo

Autores

  • Paula Alvarenga
  • Patrícia Palma
  • Clarisse Mourinha
  • Cristina Cunha-Queda
  • Joana Sengo
  • Marie-Christine Morais
  • Tiago Natal-da-Luz
  • Mathieu Renaud
  • José Paulo Sousa

DOI:

https://doi.org/10.19084/rca.33405

Resumo

O uso de corretivos orgânicos derivados de resíduos para aumentar o armazenamento de carbono orgânico do solo (SOC) em agroecossistemas poderá constituir uma prática agrícola importante, com potencial para neutralizar o esgotamento do SOC. Apesar dos benefícios gerais para as propriedades do solo, podem ocorrer potenciais impactos na biota do solo, devido à composição e/ou falta de estabilidade da matéria orgânica dos corretivos orgânicos utilizados, o que pode ser avaliado através de propriedades bioquímicas específicas do solo. Foi montado um ensaio de campo, por dois anos, com Lolium multiflorum L., para avaliar os efeitos da aplicação de corretivos derivados de resíduos orgânicos nas propriedades microbianas e bioquímicas do solo. Lama residual urbana desidratada (SS; 6, 12 e 24 t de matéria seca ha-1), composto de resíduos sólidos urbanos (MSWC) e composto de resíduos agrícolas (AWC), com doses de aplicação calculadas para fornecer a mesma quantidade de matéria orgânica (OM) por unidade de área, foram testados. Em geral, as atividades enzimáticas (desidrogenase, β-glucosidase, fosfatase ácida, celulase e protease), nitrificação potencial e frações de matéria orgânica do solo (humina, ácidos húmicos (HA) e ácidos fúlvicos (FA)), aumentaram com as doses de tratamento, e do primeiro ao segundo ano de aplicação. Para algumas propriedades, como humina e HA, nitrificação potencial e atividade da desidrogenase, o aumento foi mais marcado após a aplicação de ambos os compostos, principalmente no segundo ano, favorecidas pela aplicação de OM mais estável, enquanto outras propriedades foram mais responsivas à aplicação de SS, com mais matéria orgânica ativa (e.g., FA, β-glucosidase, fosfatase ácida).

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Publicado

2024-02-09

Edição

Secção

Geral