A influência da gestão florestal pós-fogo na diversidade da vegetação do sobreiral na Serra do Caldeirão

Autores

  • João Horta Marques
  • Inês Duarte
  • Leónia Nunes
  • Ana Paula Paes
  • Yacine Benhalima
  • Luís Lopes
  • Ana Carolina Menoita
  • Maria Luísa Oliveira
  • Vicente Oliveira Sousa
  • Paula Soares
  • Diego Arán
  • Maria Manuela Abreu
  • Madalena Fonseca
  • Victoria Lerma
  • Vanda Acácio
  • Paulo Forte
  • Francisco Castro Rego
  • Erika Santos

DOI:

https://doi.org/10.19084/rca.35126

Resumo

A gestão florestal tradicional pós-fogo pode influenciar a vegetação futura do local e a recuperação da área ardida. O presente estudo, integrado no projeto SUDOE-REMAS (SOE3/P4/E0954) e na Unidade Curricular de Silvicultura II ministrada no Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, avaliou o efeito da gestão florestal na diversidade da vegetação pós-fogo no sobreiral da Serra do Caldeirão (Algarve, S de Portugal). A maioria dos solos são classificados como Leptossolos e o clima é do tipo Cs. Selecionaram-se parcelas de 3 tipos: não ardidas com gestão pós-fogo (A), ardidas com gestão pós-fogo (B) e ardidas sem gestão pós-fogo (C). Efetuaram-se inventários florísticos através de transeptos (15 transeptos por tipologia), com 10 m de comprimento cada, para avaliação da abundância e diversidade de espécies. Estimaram-se os índices de diversidade da série de Hill para os indivíduos inventariados. Os resultados indicaram que as parcelas do tipo C apresentam maior diversidade em todos os índices da Série de Hill. As parcelas A apresentaram maior diversidade quando comparadas com as parcelas B. A espécie Lavandula stoechas ssp.
luisieri Rozeira é a espécie dominante nos 3 grupos (19% in plots A, 17% in B and 19% in C). Nas parcelas ardidas (B+C), Cistus ladanifer L. representa 14% dos indivíduos presentes, com ou sem gestão. Verificou-se maior presença de espécies pirófitas (géneros Cistus e Ulex) nas parcelas ardidas, com ou sem gestão. Este estudo aponta que o fogo pode favorecer a diversidade de espécies mas não a resistência das mesmas a novos fogos. Ainda assim, a gestão da flora herbácea nas parcelas ardidas parece influenciar positivamente a composição e diversidade.

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Publicado

2024-04-16

Edição

Secção

Geral