Metodologia para uniformizar a cartografia de solos em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.19084/rca.38566Resumo
Informação atualizada e harmonizada sobre o recurso solo é essencial para o uso sustentável da terra e a conservação dos recursos naturais. Porém, em Portugal, a cartografia de solos é heterogénea quanto à escala, sistema de classificação e metodologia cartográfica e analítica. É crucial uniformizá-la, na escala 1:100000 e no sistema WRB, usando ferramentas digitais e o legado de informação existente. Em três áreas piloto, a sul do rio Tejo, categorizaram-se os fatores determinantes das caraterísticas dos solos: (i) litologia quanto ao tipo de rochas, grau de consolidação e teor em sílica/carbonatos; (ii) relevo considerando o declive, a altimetria/hipsometria e as formas de relevo; (iii) clima quanto ao regime térmico. A interseção desta informação e da proporção de afloramentos rochosos permitiu delimitar “zonas homogéneas” e a partir destas “unidades cartográficas de solos”, utilizando a informação SROA/CNROA (1:25000). Obtiveram-se 23 agrupamentos litológicos, cinco classes de relevo e sete classes climáticas. Definiram-se 125 zonas homogéneas, com área mínima de 30 ha. Tal cria a possibilidade de unificar a informação cartográfica de solos em Portugal Continental e enquadrar a mesma nos requisitos da diretiva INSPIRE da EU, bem como estabelecer a carta de aptidão das terras harmonizada para todo esse território.