Consumo de sal, açúcar, ervas/plantas aromáticas e especiarias

Autores

  • Madalena Cunha Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS. Universidade do Minho, CIEC, Portugal https://orcid.org/0000-0003-0710-9220
  • Rosa Martins Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS https://orcid.org/0000-0001-9850-9822
  • Suzana André Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS
  • Carlos Albuquerque Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS. Universidade do Minho, CIEC, Portugal https://orcid.org/0000-0002-2297-0636
  • Berta Cunha HDC, CAFRE- Greemount College, DARD, Antrim, Northern Ireland
  • Dina Almeida Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS
  • Mónica Silva Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS
  • Raquel Gaspar Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS
  • Sónia Fonseca Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS
  • Estudantes 28º CLE, ESSV, IPV Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, CI&DETS

DOI:

https://doi.org/10.48492/servir024.24027

Palavras-chave:

Hábitos dietéticos, Sal, Ervas/Plantas Aromáticas, Especiarias

Resumo

INTRODUÇÃO

Atualmente o conhecimento científico acerca das propriedades terapêuticas das ervas/plantas aromáticas confirma os benefícios do seu consumo para a saúde, constituindo uma evidência da academia moderna o seu valor medicinal na prevenção de doenças. As ervas aromáticas e especiarias conferem sabor e cor aos alimentos e ganham cada vez mais notoriedade como condimento e tempero, sendo o seu uso recomendado como boa prática alimentar para substituir o sal.

OBJETIVO

Avaliar o consumo de sal, açúcar, ervas/plantas aromáticas e especiarias em cidadãos portugueses.

MÉTODOS

O estudo descritivo e transversal foi desenvolvido numa amostra de 508 participantes adultos (52,2% homens e 47,8% mulheres) com idades compreendidas entre os 18 e os 93 anos, (média de 44.48 anos ± 21 DP), residentes na zona centro e norte de Portugal.

RESULTADOS

Os resultados mostraram que:

- 49,4% (16,9% homens e 32,5% mulheres) dos participantes consumiam sal em valores superiores a 5g por dia; 28,3% consumiam ≤ 5 g/Dia e 15,7% não adicionavam sal aos alimentos;

- a ingestão de açúcar era adequada em 92,9% inquiridos e 7,2 referiu ingeri-lo em excesso;

- as especiarias eram consumidas por 59,6% dos inquiridos, sendo a pimenta malagueta a mais consumida (39,8%).

- as ervas aromáticas eram consumidas por73,6 % (69,4% dos homens e 78,2% das mulheres), sendo a salsa a mais consumida (57,3%);

- os locais preferidos para o cultivo de ervas aromáticas foram o quintal (39,2%) e o jardim (20,5%);

CONCLUSÕES

Os resultados evidenciam existir um elevado número de participantes que adiciona sal na confeção dos alimentos o que denota elevado consumo de sal. Concomitantemente o consumo de ervas aromáticas e especiarias é também significativo.

Com vista a prevenir os efeitos nefastos da ingestão desregulada de sal, como conhecimento confirmatório, os resultados denotam a necessidade de se intensificarem intervenções promotoras da educação alimentar e consequentes comportamentos alimentares saudáveis, assentes no bom uso da cozinha mediterrânica.

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Referências

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Publicado

2016-08-31

Como Citar

Cunha, M., Martins, R., André, S., Albuquerque, C., Cunha, B., Almeida, D., Silva, M., Gaspar, R., Fonseca, S., & Estudantes 28º CLE, ESSV, IPV. (2016). Consumo de sal, açúcar, ervas/plantas aromáticas e especiarias . Servir, 59(4), 36–41. https://doi.org/10.48492/servir024.24027