Humor e o stresse dos enfermeiros que cuidam com pessoas em fim de vida
DOI:
https://doi.org/10.48492/servir024.24087Palavras-chave:
Humor, Stress, Enfermeiros, Fim de vidaResumo
INTRODUÇÃO
Os enfermeiros, particularmente os que cuidam com pessoas em fim de vida, são expostos diariamente a múltiplos fatores de stresse, já que contactam no seu quotidiano com a morte, o sofrimento e as emoções negativas associadas a este período particular. A evidência científica tem vindo a demonstrar que o humor pode constituir uma estratégia eficaz na gestão do stresse ocupacional, podendo estar a ser utilizado pelos profissionais para seu próprio benefício. Neste sentido, parece particularmente interessante estudar a relação existente entre o sentido de humor e o nível de stresse destes profissionais através da aplicação de instrumentos de avaliação e análise adequados.
OBJETIVO
Estabelecer a existência de relação entre o sentido de humor e o nível de stresse dos enfermeiros que cuidam com pessoas em fim de vida e estudar as características desta relação.
MÉTODOS
Desenvolveu-se um estudo do tipo correlacional que teve início na aplicação de um formulário online, composto por uma escala de avaliação do sentido de humor (MSHS) (José, 2008), uma escala de avaliação do nível de stresse (NSI) (Fernandes, 1996) e um questionário sociodemográfico. Foi reunida uma amostra de 61 sujeitos que respeitam critérios de seleção previamente definidos. A análise dos resultados foi conduzida a partir do programa informático de estatística SPSS, versão 20.
RESULTADOS
Os sujeitos evidenciaram stresse em várias situações inerentes ao quotidiano laboral. Revelam uma forte aceitação e apreciação do humor. A um aumento do nível de stresse corresponde um aumento do sentido de humor.
CONCLUSÕES
O sentido de humor surgiu no estudo como resposta humana ao stresse. Os sujeitos utilizam o sentido humor como estratégia para gerir o stresse ocupacional.
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Referências
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