Entre Bismarck e Beveridge: Sociedade Civil e Estado Providência em Portugal (1960-2011)
DOI:
https://doi.org/10.31447/AS00032573.2017224.02Palavras-chave:
sociedade civil, Estado-Providência, IPSS, democraciaResumo
Os serviços sociais constituem uma parte desproporcionadamente elevada da sociedade civil portuguesa. A que se deve tal dimensão? À provisão de serviços sociais pela sociedade civil em parceria com o Estado-Providência e à sua participação num regime neo-corporativo de policy-making. A sociedade civil social cresceu com a revolução social de Abril de 1974, com a consolidação do Estado-Providência desde 1984 e com a europeização das políticas sociais desde 1986. Lentamente, o regime democrático juntou previdência e assistência, reconhendo-as como direito social de cidadania. A sociedade civil de welfare foi instrumental no alcançar deste objetivo. Porém, a sociedade civil social não foi uniformemente bem sucedida. No geral, sempre que a proteção é definida enquanto direito social universal, financiado, gerido e fornecido pelo Estado sobra pouco espaço para a sociedade civil, exceto de forma residual.