Da confusão à ironia. Expectativas e legados da PIDE em Angola

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31447/AS00032573.2013206.02

Palavras-chave:

religião, política, repressão, memória, Angola

Resumo

Neste artigo pretendo descrever alguns exemplos de dialéticas de repressão e resistência entre a PIDE e outras autoridades policiais em Angola e um movimento religioso autóctone, a conhecida “Igreja Tocoista”, entre as décadas de 1950 e 1970. Em primeiro lugar descrevem-se as motivações, receios e expectativas dos agentes da pide, contrapostos com as reações dos líderes e seguidores desta igreja que foram objeto das campanhas de “securitização” da colónia. Em segundo lugar, traça-se um retrato do legado da memória que ficou no seio deste movimento, em particular na Angola contemporânea. Como procurarei demonstrar, a experiência de repressão colonial deu lugar, no seio deste movimento, a uma “história de sofrimento” que hoje se repercute numa narrativa de resiliência e reafirmação particular de angolanidade, frequentemente marcada por reversões e ironias.

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Publicado

2013-03-29

Como Citar

Llera Blanes , R. . (2013). Da confusão à ironia. Expectativas e legados da PIDE em Angola. Análise Social, 48(206), 30–55. https://doi.org/10.31447/AS00032573.2013206.02

Edição

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Artigos