A metrópole improvável: Descentralização, democracia local e áreas metropolitanas no mundo ocidental
DOI:
https://doi.org/10.31447/AS00032573.2010197.02Palavras-chave:
áreas metropolitanas, governança, descentralização, democracia localResumo
As áreas metropolitanas tornaram-se o novo padrão espacial do capitalismo globalizado. No entanto, as suas capacidades económicas não são acompanhadas por uma correspondente capacidade política, mantendo-se politicamente débeis. Neste artigo reflecte-se sobre o processo de construção das áreas metropolitanas como espaços políticos. Considerando tal processo como conflituoso — pois desafia o poder dos actuais agentes —, o texto procura expor a incapacidade global na consolidação de instituições metropolitanas — incluindo na maioria dos territórios urbanos do Sul da Europa — focando duas tendências: por um lado, a descentralização como um processo que tem favorecido outras escalas territoriais que não as metropolitanas, nomeadamente os níveis regional e municipal; e por outro a democracia local, que tem favorecido os níveis municipal e intra-municipal, mas tem igualmente menosprezado a escala metropolitana.