A governança das cidades francesas. Das lógicas centro-periferia para os regimes urbanos
DOI:
https://doi.org/10.31447/AS00032573.2010197.06Palavras-chave:
França, relações centro-periferia, governança, regimes urbanosResumo
Este artigo defende que as lógicas de governança das cidades francesas já não podem ser interpretadas apenas à luz dos quadros analíticos de centro-periferia. A atribuição de novas funções aos governos urbanos, as transformações no capitalismo, e as políticas do Estado reposicionaram as cidades francesas de espaços de mera execução de políticas públicas desenhados noutras escalas, para actores centrais na produção de políticas urbanas. As relações horizontais conectando os actores urbanos podem ser a primeira explicação para novos âmbitos e formas das políticas urbanas locais. Torna-se assim legítimo analisar a governança urbana e as políticas nas cidades francesas através de ferramentas teóricas que confiram um papel central às interacções entre os agentes e os grupos urbanos e aos conflitos e coligações que desenvolvem. Entre estas ferramentas teóricas, a abordagem dos regimes urbanos mostra-se particularmente promissora.