Fé imperial e missões católicas nas grandes exposições do Estado Novo

Resumo

Durante a década de 30 do século XX, o Estado Novo desenvolve uma intensa actividade tendente a despertar e manter vivo o “orgulho nacional” do povo português, com o objectivo de fixar o ideário simbólico do novo regime e consolidar lealdades. Tais intenções reflectem-se na notável participação de Portugal nas principais exposições internacionais do momento e na organização bem sucedida de várias exposições nacionais, com destaque para as de 1934, 1937 e 1940. De uma forma ou de outra, a religião e a Igreja Católica estão presentes nestes acontecimentos de carácter histórico, económico e colonial. Neste artigo analisam-se os principais contornos desta participação, reflectindo-se sobre a sua utilidade para a Igreja e sobre a forma como o Estado Novo a acaba por utilizar em benefício próprio.