Paisagens, paradigmas, futuros: que desafios para a questão territorial?
DOI:
https://doi.org/10.31447/AS00032573.2023249.05Palavras-chave:
Portugal, paisagens, Comunidade Económica Europeia, antropologia, local, Melgaço, Alqueva, EstarrejaResumo
A partir de três casos de estudo desenvolvidos à escala local e ao longo de um período de 30 anos, este texto visa interrogar algumas das transformações pelas quais Portugal passou desde a sua entrada na Comunidade Económica Europeia. Trata-se de identificar o que presidiu às intenções e, depois, às adaptações que as populações desenvolveram face as certas alterações bastante radicais das paisagens. Os contextos estudados sublinham modos diferentes de ajustamento e mostram o que as sociedades são por vezes capazes de fazer para não perderem o que têm, por não terem a certeza de vir a ganhar com as políticas globais definidas. Do Alto Minho ao litoral atlântico, passando pelo Alentejo, privilegiou-se a abordagem antropológica e o trabalho de campo de longa duração.