Sobre o equilíbrio interno do poder: as organizações partidárias nas novas democracias
DOI:
https://doi.org/10.31447/AS00032573.1998148.02Palavras-chave:
democracias da Europa do Sul e do Leste, executivos partidários, direção nacional do partido, organizações partidáriasResumo
Esta comunicação foca as relações entre a direcção nacional do partido e o partido no parlamento e/ou governo nas relativamente novas democracias da Europa do Sul e do Leste. A análise revela que, embora os executivos partidários pareçam estar fortemente invadidos por detentores de cargos públicos, contrariamente às expectativas, não é o partido no parlamento e/ou governo, mas sim a direcção nacional do partido, que emerge como a face predominante. Parece que as organizações partidárias nestas novas democracias são grandemente controladas a partir de um pequeno centro de poder, localizado nos interstícios extraparlamentar e do partido no parlamento e/ou governo. Este fenómeno pode, provavelmente, explicar-se melhor como um dispositivo para aumentar a coesão partidária e reduzir as consequências potencialmente desestabilizadoras que emergem do contexto geral de lealdades partidárias pouco desenvolvidas e de uma carência generalizada de institucionalização partidária.