A habitação popular urbana em Setúbal no primeiro terço do século XX

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31447/AS00032573.1994127.04

Palavras-chave:

crescimento industrial, habitação popular urbana, Setúbal, crescimento urbano, novas formas habitacionais

Resumo

A partir dos finais do século passado, o crescimento industrial em alguns núcleos urbanos trouxe consigo alguns graves problemas. A ameaça sanitária legitimou a intervenção disciplinadora do Estado na área das edificações urbanas e acentuou receios sobre os desequilíbrios que a cidade moderna gerava. A aplicação dos princípios higienistas contribuiu para o aparecimento de novos tipos habitacionais populares, diferentes das construções rurais tradicionais. A casa térrea, a barraca de madeira ou de alvenaria e os conjuntos de casas como o renque ou a vila são alguns tipos formais que utilizavam os materiais baratos fornecidos pela indústria e se destinavam ao alojamento dos trabalhadores e dos estratos inferiores da pequena burguesia. A habitação popular urbana resultou do compromisso possível entre a necessidade de cumprir as normas sanitárias relativas à casa e o padrão de comportamento especulativo, generalizado até aos estratos inferiores da população, que vingou com o crescimento do mercado do arrendamento. Este artigo, centrado sobre a cidade de Setúbal, desenvolve a análise numa dupla perspectiva: por um lado, procura analisar o processo de crescimento urbano em articulação com a indústria conserveira; por outro, descreve as novas formas habitacionais destinadas a alimentar o mercado do arrendamento das famílias pobres.

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Publicado

1994-06-30

Como Citar

Guimarães, P. (1994). A habitação popular urbana em Setúbal no primeiro terço do século XX. Análise Social, 29(127), 525–554. https://doi.org/10.31447/AS00032573.1994127.04