Portugal e a abolição do tráfico de escravos (1834-51)

Autores

  • Valentim Alexandre

DOI:

https://doi.org/10.31447/AS00032573.1991111.01

Palavras-chave:

tráfico de escravos, colónias de Portugal, comércio negreiro, Sá da Bandeira

Resumo

O tráfico de escravos de África para as Américas conheceu um último grande surto nas décadas de 30 e 40 do século XIX, tendo em grande parte as colónias de Portugal como ponto de origem. O presente artigo analisa a atitude do Estado português em relação ao comércio negreiro, face às pressões abolicionistas da Grã-Bretanha, no período que vai da vitória liberal, em 1834, ao encerramento do principal mercado importador de mão-de-obra negra, o Brasil, no começo dos anos 50 do mesmo século. Essa análise toca paralelamente dois planos: por um lado, segue-se o evoluir da questão na metrópole, dando-se uma atenção particular à «via nacional» de abolição do tráfico ensaiada por Sá da Bandeira; por outro, refere-se a situação nas possessões africanas, dominada pelo poder dos negreiros. Do estudo feito ressaltam três aspectos principais: a gravidade da crise que opôs Portugal à Grã-Bretanha, no final dos anos trinta, tendo o abolicionismo como ponto central; o peso de factores de índole mais geral - nomeadamente, da ideologia nacionalista - no eclodir e no desenrolar dessa crise; e, em África, a importância da vitória dos negreiros, que veio bloquear o desenvolvimento do projecto colonial definido por Sá da Bandeira.

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Publicado

1991-06-28

Como Citar

Alexandre, V. (1991). Portugal e a abolição do tráfico de escravos (1834-51). Análise Social, 26(111), 293–333. https://doi.org/10.31447/AS00032573.1991111.01

Edição

Secção

Artigos