Os rendimentos da aristocracia portuguesa na crise do Antigo Regime
DOI:
https://doi.org/10.31447/AS00032573.1991111.03Palavras-chave:
monarquia portuguesa, monarquia espanhola, rendimentos da nobreza portuguesa, Antigo RegimeResumo
A persistência da aristocracia nas sociedades liberais oitocentistas tem constituído um tópico marcante na bibliografia recente. Levado até às suas últimas consequências, já serviu, inclusivamente, de argumento fundamental para tentativas de reinterpretação global da história social e política europeia do período que vai até aos primórdios do século XX. No âmbito da historiografia da monarquia espanhola, este tema tem sido objecto de importantes estudos recentes, nos quais se vem destacando a capacidade de sobrevivência de muitas casas da nobreza titulada na sociedade posterior à revolução liberal. Neste texto pretende-se tomar como termo de comparação o caso espanhol, para melhor se compreenderem as peculiaridades portuguesas na questão em análise. Mais concretamente, procura-se sugerir que a estrutura e a composição dos rendimentos da nobreza titular portuguesa nos finais do Antigo Regime comprometiam decisivamente a sua futura capacidade de sobrevivência.