Portugueses em Timor: de intérpretes étnicos a intérpretes nas globalizações

Autores

  • Paulo Castro Seixas Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Fernando Pessoa

Resumo

O texto apresenta como hipótese o papel dos portugueses em Timor como intérpretes ou mediadores culturais, primeiro entre etnias e, após 1999, entre globalizações. No primeiro caso, os argumentos são a representação acerca da chegada dos portugueses, a inscrição dos mesmos nos rituais diárquicos, a constituição de um espaço-tampão/espaço-ponte e o estatuto social das línguas usadas (Tétum e Português). No segundo caso, os argumentos referem-se ao tipo de missão portuguesa pós-colonial, à desterritorialização de Portugal como estado-tampão/Estado-ponte e à relação entre o Português e o Tétum como línguas solidárias. No final, apresenta-se uma narrativa de tipo nacionalista, criada pós- (restauração da) independência (2002) que reflecte todos estes aspectos num fabuloso sincretismo pós-colonial.

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