A Primavera dos Faraós

Autores

  • Vasco Rato Professor de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Lusíada de Lisboa.

Resumo

Considerados os casos da Tunísia, Egito, Bahrein e Líbia, este artigo aborda os processos de contestação popular que ficaram conhecidos como a “Primavera Árabe”. Analisam-se as razões que levaram à crise dos regimes autoritários da região e as estratégias delineadas pelas elites como resposta à mobilização oposicionista. Face à contestação de 1970 no sul da Europa, alastrou para a América Latina, a Ásia e, em finais dos anos 1980 para a Europa Central, os autocratas responderam através de uma de duas estratégias de sobrevivência: a cooptação ou a repressão. Verifica-se que os regimes que utilizaram um grau elevado de violência aumentaram as suas probabilidades de sobrevivência. Porém, como ilustram os casos de Hosni Mubarak e Ben Ali, removidos da chefia do Estado porque perderam o apoio das suas respetivas instituições militares, as forças armadas foram atores determinantes ao longo da “Primavera Árabe”.

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Publicado

2024-10-02

Edição

Secção

Extra dossiê