Estratégias de Segurança Nacional

os Livros Brancos da Grã-Bretanha e da França

Autores

  • António Paulo Duarte Investigador e Assessor do Instituto da Defesa Nacional. Professor do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e Investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa.

Resumo

Os propósitos deste texto são dois: num primeiro momento, descrever e comparar a renovação das Políticas de Segurança e Defesa da Grã‑Bretanha e da França através da leitura dos respectivos Livros Brancos, há pouco tempo apresentados e publicados; num segundo momento pretende‑se dis‑ secar alguns dos traços fundamentais do processo de renovação das políticas e das estratégias de segurança, distinguindo alguns dos conceitos basilares e algumas das traves de inovação sobre os quais se sustentam as futuras Políticas de Segurança e Defesa. Os Livros Brancos da Grã‑Bretanha e da França, pese a sua configuração de apresentação distinta e a existência de fórmulas conceptuais diferenciadas, assemelham‑se bastante, quanto aos cenários que tratam, assim como quanto às formas de resposta aos riscos e ameaças, às crises com que ambos os países julgam que terão, no porvir, de defrontar‑se. É o inovador universo conceptual de risco, entendido como a possibilidade de se desenvolver uma ameaça decorrente da contingência do devir, que municia as estratégias de segurança nacional. Se a estratégia irrompe da necessidade de combinar várias vertentes integradas e encadeadas, com vista a replicar às ameaças que o porvir poderá, no seu devir, potenciar. Neste sentido, ambos os livros brancos repetem a necessidade de combinar a utilização da força armada e do desenvolvimento na edificação da segurança no século XXI.

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Publicado

2024-10-31