Dissuasão no Estreito de Taiwan

2004-2010

Autores

  • Alexandre Carriço Major de Infantaria. Professor na Academia Militar

Resumo

No plano das relações entre Pequim e Washington tem-se notado um crescente “empenho” norte americano quanto às questões de segurança de Taiwan. Os resultados mais palpáveis deste empenhamento são o incremento da venda de armas americanas a Taiwan ao abrigo do Taiwan Relations Act, no início de uma relação de cooperação em termos de segurança no caso de um conflito, e um interesse renovado da administração norte americana na implementação de um sistema de defesa anti-balística de carácter nacional e de teatro de operações, nas quatro componentes operativas de intercepção (pré-lançamento, ascensão, trajecto médio, e terminal ou descendente). Independentemente da transitória aproximação estratégica entre as duas capitais, resultante dos atentados de 11 de Setembro de 2001, na verdade, parece existir um consenso generalizado no espectro bipolar da política norte americana de que em caso de agressão militar da China a Taiwan, não resta aos Estados Unidos outra possibilidade senão intervirem directamente. No entanto, Washington tem mantido a sua actuação como o “fiel de uma balança” onde o difícil está exactamente em manter “os seus dois pratos política e militarmente equilibrados”. Por outras palavras, este equilíbrio baseia-se na capacidade de implementação de uma dupla dissuasão em prol da preservação da estabilidade regional, o qual independentemente das vulnerabilidades operativas que apresenta ainda continua a ser a melhor opção de conduta ao dispor de Washington.

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Publicado

2024-11-29