A Doutrina Operacional do Exército Popular de Libertação para o Século XXI

Autores

  • Manuel Alexandre Carriço Capitão de Infantaria. Professor Adjunto Convidado de Relações Internacionais da Academia Militar. Membro Associado do CINAMIL.

Resumo

Ainda hoje, analistas chineses declaram que desde sempre existiu apenas uma estratégia operacional ao longo dos 50 anos de existência da República Popular da China (a da “Guerra Popular). No entanto a história prova o contrário. A dimensão do Exército Popular de Libertação (EPL) e o modo como a sua doutrina operacional foi sendo modificada ao longo dos últimos 20 anos – mantendo o princípio doutrinário basilar e elementar da defesa activa – teve como consequência a existência simultânea de elementos no seio do aparelho militar com diferentes missões, estruturas e orientações doutrinárias. Actualmente o desafio reside na maior ou menor capacidade de ajustamento do corpo doutrinário à realidade e à capacidade operacional do EPL (e vice-versa). O EPL segue assim um processo de modernização a três velocidades onde ainda hoje existem unidades mais vocacionadas para a execução da Guerra Popular, enquanto que outras como as forças de reacção rápida – alvo preferencial do processo de modernização militar – já estão aptas a aplicar a última evolução estratégica (Guerra Local sob Modernas Condições Hi-Tech). Outras ainda, como as de guerra electrónica e da 2ª Artilharia já se consideram com alguma capacidade efectiva de levar a cabo operações de RMA integradas em cenários de Guerras Locais e Limitadas.

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Publicado

2024-12-03