O Atlântico na (Nova) Geopolítica da União Europeia

Autores

  • José Palmeira José Palmeira é doutorado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade do Minho, onde é docente no Departamento de Ciência Política e membro integrado do Centro de Investigação em Ciência Política. Os principais interesses de investigação situam-se nas áreas da geopolítica, estratégia e da política comparada. É autor de várias publicações científicas e conferências nas suas áreas de especialidade e comentador regular de política nacional e internacional em órgãos de comunicação social.

DOI:

https://doi.org/10.47906/ND2025.171.02

Palavras-chave:

Atlântico, União Europeia, Mercosul, OTAN

Resumo

A geopolítica da União Europeia (UE) tem passado por diversas metamorfoses. A mais recente é influenciada pela guerra na Ucrânia e pelo unilateralismo norte-americano, exercido pela administração Trump, ameaçando a solidariedade transatlântica e a segurança europeia. Mais continental, desde os alargamentos a leste e com a saída do Reino Unido, a União continua a ter no Atlântico um importante ativo, por razões geográficas (é uma península da eurásia) e político-económicas (é uma potencia comercial
e a maior tonelagem das transações é realizada por via marítima). A sua matriz identitária leva-a a privilegiar a Aliança Atlântica e a União Africana, a CEDEAO, o Mercosul, a CELAC e a Comunidade Caribenha, no Atlântico Médio e Sul, onde desenvolve um papel de provedor de segurança, ajudando a prevenir e a combater o tráfico de seres humanos e de estupefacientes, a pirataria e as ameaças aos cabos de fibra ótica submarinos intercontinentais. No plano bilateral ou multilateral – acordo UE-Mercosul aguarda ratificação – Bruxelas recoloca o Atlântico no centro da sua geopolítica.

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Publicado

2025-12-18