Um Regime de Segurança para o Mediterrâneo

as Dificuldades do Processo

Autores

  • Maria do Céu Pinto Universidade do Minho, Directora do Núcleo de Investigação em Ciência Política e Relações Internacionai

Resumo

Passados mais de dez anos sobre o fim da Guerra Fria e contando com alguns anos de experiência das iniciativas de diálogo euro/atlântico-mediterrânicas, pode-se com rigor concluir que o ambiente de incerteza e de insegurança na bacia mediterrânica se dissipou? Dificilmente. O novo contexto internacional do pós-11 de Setembro, veio sublinhar a importância da cooperação euro-mediterrânica. Não existe uma identidade de segurança no Mediterrâneo e, assim, as possibilidades de criação e sustentabilidade de um regime de segurança cooperativo e multilateral são fracas. Na vertente da segurança, o Processo de Barcelona, tornou-se apenas numa estrutura de diálogo, informação e transparência, um mecanismo gerador de confiança sistémica. No processo, foi reduzida ao mínimo denominador comum e esvaziada das potencialidades para acções de prevenção de conflitos e de gestão de conflitos.

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Publicado

2024-11-29