BIOMARCADORES PRÓ-INFLAMATÓRIOS SISTÉMICOS NO EDEMA MACULAR DIABÉTICO E A RESPOSTA ANÁTOMO-FUNCIONAL AO TRATAMENTO COM ANTI-VEGF
DOI:
https://doi.org/10.48560/rspo.13317Palavras-chave:
anti-VEGF, bevacizumab, edema macular diabético, proteína C-reactiva, inflamaçãoResumo
Objetivos: Estudar o papel de biomarcadores inflamatórios sistémicos, como fatores condicionantes da resposta anátomo-funcional ao tratamento com bevacizumab no edema macular diabético (EMD)
Material e métodos: estudo prospectivo que incluiu 30 doentes com EMD, tratados com injecções intravítreas de bevacizumab e com seguimento de 12 meses. Para todos os casos foi obtido um perfil analítico basal contemplando risco cardiovascular, disfunção renal, dislipidémia e controlo glicémico. Pela técnica ELISA, foram estudados os seguintes fatores pró-inflamatórios: VEGF, ICAM-1, MCP1 e TNF-α. Os valores analíticos foram correlacionados com indicadores clínicos e tomográficos durante o seguimento.
Resultados: Verificamos melhoria significativa da espessura foveal central (EFC) (525.80±136.80 µm para 363.31±76.10 µm, p<0.001), bem como da acuidade visual (AV) (0.61±0.24 para 0.40±0.19 LogMAR, p<0.001). Estes resultados foram obtidos com uma média de 6.20±1.29 injecções. O valor de proteína C reactiva ultrassensível (PCRus) foi preditivo de decréscimo na EFC ≤ 10%, ao 3º e 6º mês de seguimento (odds ratio 1.86 e 2.11, p=0.023 e p=0.013, respetivamente). O valor médio de EFC ao 6º mês correlacionou-se significativamente com os valores de: PCRus (p=0.026, r=0.406), ICAM1 (p=0.042, r=0.402) e MCP1 (p=0.021, r=0.450). Ao 6º mês verificamos que os casos com EFC < 330 µm apresentavam valores mais baixos de PCRus (1.03±0.99 vs 2.63±1.78, p=0.002) e MCP1 (243,58±46,25 vs 310,61±94,10 p=0.039). Quanto à AV final, verificamos por regressão linear que a AV inicial foi a variável mais preditiva da AV final (p<0.001, r2=0.593).
Conclusões: Os indicadores de atividade inflamatória sistémica (PCRus, ICAM1, MCP1) correlacionaram-se de forma negativa com o estado macular, sugerindo um efeito limitante na resposta ao tratamento com bevacizumab. O estudo de biomarcadores pró-inflamatórios poderá ser útil na identificação de casos com resposta fraca ou retardada aos agentes anti-VEGF.
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