Epithelial downgrowth after clear corneal phacoemulsification

Autores

  • Carla Dias Fernandes Hospital de Egas Moniz
  • Carolina Bruxelas
  • Pedro Silva
  • Maria Sara Patrício
  • Pedro Simões

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.19335

Resumo

Resumo

Objetivo

O objetivo deste artigo é descrever um caso clínico de downgrowth epitelial após facoemulsificação através de incisões em córnea clara.

Materiais e Métodos

Os autores descrevem um caso clínico de um homem de 79 anos submetido a facoemulsifição no olho esquerdo, através de incisão corneana de 2.75mm com implante de lente intra-ocular (LIO). A cirurgia decorreu sem intercorrências, excetuando

uma síndrome de íris flácida (SIF) intra-operatória que causou encarceramento mínimo da íris. Nas consultas de pós-operatório do dia 1 e 7 não se detetaram quaisquer anomalias exceto encarceramento mínimo da íris. Na consulta de 1 mês de pós-operatório detetou-se um crescimento difuso de epitélio em relação com a porta de entrada e com a íris encarcerada. O doente estava assintomático, a sua melhor acuidade visual corrigida (MAVC) era 7/10 e a pressão intra-ocular (PIO) era 16mmHg. Não se detetou inflamação intra-ocular. Foi presumido um diagnóstico clínico de downgrowth epitelial que posteriormente foi suportado por tomografia ótica de segmento anterior, microscopia especular e topografia da córnea. 

Resultados

Aos 5 meses de follow-up o doente mantém-se assintomático, sem evidência de propagação do downgrowth epitelial, apesar do encarceramento da íris. A MAVC e PIO mantêm-se estáveis, 7/10 e 16mmHg, respetivamente, o olho mantém-se sem sinais de inflamação.

Discussão

As condições que predispõe à invasão do epitélio para a câmara anterior incluem múltiplas cirurgias intra-oculares, atraso ou cicatrização incompleta, encarceramento da íris e implantação das células epiteliais com os instrumentos. Ainda não se conhece totalmente a fisiopatologia desta condição. Os outcomes dos tratamentos disponíveis são variáveis e geralmente insatisfatórios, não havendo guidelines. Neste caso em particular o principal fator de risco identificado foi o SIF que levou ao encarceramento da íris.

Conclusões

Apesar do prognóstico desta patologia ser normalmente mau, aos 5 meses de follow-up o doente mantém-se assintomático, sem evidência de propagação do downgrowth epitelial.

Palavras-chave: invasão epitelial, facoemulsificação, síndrome da íris flácida

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Publicado

2020-06-16

Como Citar

Fernandes, C. D., Bruxelas, C. ., Silva, P., Patrício, M. S., & Simões, P. (2020). Epithelial downgrowth after clear corneal phacoemulsification. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 44(1). https://doi.org/10.48560/rspo.19335

Edição

Secção

Comunicações Curtas e Imagens em Oftalmologia