If You Don’t Seek, You Won’t Find: Case Report of a Large Retinal Hole Following Blunt Trauma
DOI:
https://doi.org/10.48560/rspo.33129Palavras-chave:
Descolamento da Retina/etiologia, Lesões Oculares, Perfurações da RetinaResumo
O trauma ocular fechado é uma das causas mais frequentes de lesão traumática ocular, e está frequentemente associado ao desenvolvimento de lesões da retina como rasgaduras ou diálise. Apesar das rasgaduras da retina traumáticas corresponderem a uma pequena proporção de casos, têm um maior risco de desenvolvimento de descolamento da retina com subsequente perda irreversível de visão. O objectivo deste trabalho é descrever um caso de um buraco operculado da retina de grandes dimensões na sequência de um traumatismo periocular com uma barra de ferro. Uma mulher de 58 anos recorreu ao serviço de urgência por um traumatismo periocular esquerdo com uma barra de ferro, com 2 horas de evolução. Apresentava queixas de diminuição da acuidade visual e miodesopsias. A inspeção a olho nu da região facial era inocente e o exame do segmento anterior na lâmpada de fenda não evidenciava quaisquer sinais de envolvimento ocular. A fundoscopia revelou um buraco operculado de grandes dimensões na retina periférica supero-temporal, com uma área extensa de tecido retiniano em suspensão no vítreo e hemovítreo ligeiro. A doente foi imediatamente submetida a retinopexia LASER, que foi posteriormente reforçada após 3 dias. Duas semanas após o episódio, o hemovítreo reabsorveu por completo (20/20). Não foram registadas outras complicações. Um traumatismo periocular fechado pode não demonstrar qualquer lesão à inspeção a olho nu e estar associado a um segmento anterior totalmente inocente, apesar de ter o potencial de causar lesão grave da retina. É importante a adoção de um alto grau de suspeição após um trauma periocular, que deverá sempre incluir a realização de uma fundoscopia detalhada. O diagnóstico e tratamento atempados são fundamentais para prevenir o desenvolvimento de complicações graves a longo prazo.Downloads
Referências
Kuhn F, Morris R, Witherspoon CD, Heimann K, Jeffers JB, Treister G. A standardized classification of ocular trauma. Ophthalmology. 1996;103:240-3. doi: 10.1016/s0161-6420(96)30710-0.
Ruiz RS. Traumatic retinal detachments. Br J Ophthalmol. 1969;53:59-61. doi: 10.1136/bjo.53.1.59.
Adusumilli H, Chaitanya KP, Bharathi DD, Kada P. Atypical traumatic retinal tear. Indian J Ophthalmol. 2020;68:2233-4. doi: 10.4103/ijo.IJO_36_20.
Robinson RT, Wadsworth LT, Feman SS. Traumatic retinal tear in a basketball player. Curr Sports Med Rep. 2011;10:129-30. doi: 10.1249/JSR.0b013e31821b8c16.
Ehlers P, Shah P. The Wills Eye Manual: Office and Emergency Room Diagnosis and Treatment of Eye Disease. London: Lippincott Williams & Wilkins; 2008.
Zauberman H. Tensile strength of chorioretinal lesions produced by photocoagulation, diathermy, and cryopexy. Br J Ophthalmol. 1969;53:749-52. doi: 10.1136/bjo.53.11.749.
Dahrouj M, Gong DA. Retinal tear and detachment. [accessed Jan 2023] Available at: https://www.uptodate.com/
Marta A, Silva N, Correia N, Pessoa B, Ferreira N, Beirão M, Meireles A. A 15-year retrospective epidemiologic study of ocular trauma in the north of Portugal. Eur J Ophthalmol. 2021;31:1079-84. doi: 10.1177/1120672120934399.
Park J, Yang SC, Choi HY. Epidemiology and Clinical Patterns of Ocular Trauma at a Level 1 Trauma Center in Korea. J Korean Med Sci. 2021;36:e5. doi: 10.3346/jkms.2021.36.e5.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 Revista Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Não se esqueça de fazer o download do ficheiro da Declaração de Responsabilidade Autoral e Autorização para Publicação e de Conflito de Interesses
O artigo apenas poderá ser submetido com esse dois documentos.
Para obter o ficheiro da Declaração de Responsabilidade Autoral, clique aqui
Para obter o ficheiro de Conflito de Interesses, clique aqui