Exotropia consecutiva a cirurgia de endotropia

Autores

  • Mónica Franco Interno Complementar do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Cristina Pereira Interno Complementar do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Luísa Colaço Interno Complementar do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Raquel Seldon Assistente hospitalar do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Ana Vide Escada Assistente hospitalar do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Gabriela Varandas Assistente graduado do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Maria de Lourdes Vieira Assistente graduado e responsável do Departamento de Estrabismo do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.5978

Palavras-chave:

Exotropia consecutiva, estrabismo, reintervenção cirúrgica

Resumo

Objectivo: Analisar as características clínicas de um grupo de pacientes com exotropia consecu- tiva ao tratamento cirúrgico de endotropia e os resultados do tratamento cirúrgico da exotropia consecutiva. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo de 9 pacientes submetidos a cirurgia por exotropia consecutiva, após cirurgia de endotropia. Os pacientes sem limitação da adução foram submeti- dos a cirurgia dos rectos externos, nos casos com limitação da adução ou insuficiência de con- vergência, foi realizado a reposição do recto interno afectado. Resultados: A média pré-operatória do exodesvio para longe foi de 24,7 dioptrias prismáticas. Dois pacientes foram submetidos a reposição unilateral do recto interno. Num um paciente foi realizada a reposição bilateral dos rectos internos com avanço unilateral do recto interno. Num outro paciente foi realizado o recuo bilateral dos rectos externos e reposição bilateral dos rectos internos, um foi submetido ao recuo unilateral do recto externo e reposição do recto interno, e um foi submetido a reposição unilateral do recto interno e recuo do recto externo no olho con- tralateral. Outros dois pacientes foram submetidos ao recuo bilateral dos rectos externos, pois não tinham limitação na adução. O intervalo médio entre a primeira intervenção e a cirurgia por exotropia consecutiva foi de 2,2 anos (variação entre 1 mês e os 9 anos). A média pós-operatória do exodesvio para longe foi de 5,3 dioptrias prismáticas. O alinhamento satisfatório (≤ 10 diop- trias prismáticas, para perto e para longe) foi alcançado em 6 pacientes (média de 66,7%) um ano após a intervenção. Conclusão: O tipo de cirurgia efectuada no tratamento da endotropia, e a presença de limitação de adução ou insuficiência de convergência, são muito importantes para melhor escolher a estra- tégia operatória da exotropia consecutiva.

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Como Citar

Franco, M., Pereira, C., Colaço, L., Seldon, R., Vide Escada, A., Varandas, G., & Vieira, M. de L. (2014). Exotropia consecutiva a cirurgia de endotropia. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 38(1). https://doi.org/10.48560/rspo.5978

Edição

Secção

Artigos Originais