Espessura da Coróide na Oclusão de Ramo Venoso da Retina

Autores

  • Maria Lisboa Interno do Internato Complementar de Oftalmologia no Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
  • Luísa Vieira Interno do Internato Complementar de Oftalmologia no Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
  • Ana Cabugueira Interno do Internato Complementar de Oftalmologia no Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
  • Rute Lino Ortoptista do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
  • Ana Amaral Assistente Hospitalar de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
  • Miguel Marques Assistente Hospitalar Graduado de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
  • Rita Flores Assistente Hospitalar Graduado de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.6152

Palavras-chave:

Coróide, espessura, EDI-OCT, oclusão de ramo venoso da retina.

Resumo

Objectivo: Avaliar a espessura da coróide na área macular em doentes com oclusão de ramo venoso da retina (ORVR) unilateral através de tomografia de coerência óptica de domínio es- pectral (SD-OCT) em modo enhanced depth imaging (EDI). Material e Métodos: Estudo retrospectivo não randomizado que incluiu 34 olhos de 17 doentes com ORVR unilateral (média de idade 68,6 ± 11,2 anos). Foi realizada análise estatística para comparar a espessura da coróide através de 3 medições (subfoveal e 750μm temporal e nasal à fóvea) em cada uma de 7 linhas nos 15ox5o centrais à fóvea para cada um dos olhos afectados e adelfos (21 medições em cada). Foi ainda realizada comparação entre a espessura macular central da retina e a espessura da coróide, para além da relação entre esta última e o tempo de evolução. Relacionou-se ainda a idade com a espessura da coróide no grupo controlo. Resultados: A média da espessura da coróide nos 17 olhos com ORVR foi de 211,8 ± 55,97μm, o que foi superior à média verificada nos 17 olhos adelfos (185,7 ± 46,1μm), sendo a dife- rença estatisticamente significativa (p=0,019). A coróide foi mais espessa a nível subfoveal (197,5±40,3μm) e mais delgada a nível nasal (176,9±54,9μm) no grupo controlo. Não se de- monstrou haver relação entre o tempo de evolução e a espessura da coróide nos olhos com ORVR. Por outro lado houve relação entre a espessura da coróide e a espessura macular central (r=0,6; r2=0,36). Verificou-se uma correlação negativa, embora fraca, entre a idade e a espessu- ra da coróide no grupo controlo (r=-0,022). Conclusões: A espessura da coróide pode ser avaliada através do EDI SD-OCT. Segundo al- guns relatos, a mesma parece diminuir com a idade, tendência essa que se revelou também neste estudo. Tal como verificado na única publicação sobre a espessura da coróide na OVCR, demonstrou-se haver alteração na espessura da coróide na área macular em olhos com ORVR. Contudo são necessários mais estudos, com amostras maiores, que confirmem a alteração desta camada em olhos com ORVR e investiguem a sua influência na fisiopatologia da doença, no prognóstico visual e na resposta ao tratamento.

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Como Citar

Lisboa, M., Vieira, L., Cabugueira, A., Lino, R., Amaral, A., Marques, M., & Flores, R. (2014). Espessura da Coróide na Oclusão de Ramo Venoso da Retina. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 37(4). https://doi.org/10.48560/rspo.6152

Edição

Secção

Artigos Originais