Toxoplasmose Ocular Primária

Autores

  • Maria Lisboa Interno do Internato Complementar de Oftalmologia no Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Teresa Brito Interno do Internato Complementar de Oftalmologia no Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Rita Rosa Interno do Internato Complementar de Oftalmologia no Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Arnaldo Santos Interno do Internato Complementar de Oftalmologia no Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Isabel Domingues Assistente Hospitalar de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • J. Pinto Ferreira Assistente Hospitalar de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.6191

Palavras-chave:

Toxoplasmose, primária, primoinfecção, coriorretinite, uveíte.

Resumo

Introdução: A toxoplasmose ocular pode manifestar-se sob a forma primária ou recorrente, sendo o pico de incidência da doença manifesta entre a 2a e a 4a década de vida. Apesar de tradi- cionalmente associada à fase aguda da infecção por Toxoplasma gondii, a toxoplasmose ocular primária também pode ocorrer na fase crónica da doença sistémica. Objectivos: relato de 3 casos clínicos e revisão da literatura Métodos: 3 casos clínicos - o primeiro de um doente, 76 anos, com antecedentes pessoais rele- vantes de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e insuficiência respiratória global por doença estrutural do pulmão de causa desconhecida, e os restantes dois de doentes de 34 e 32 anos, saudáveis, com quadro de diminuição da acuidade visual unilateral com alguns dias de evolução. Resultados: O exame oftalmológico revelou acuidade visual de contagem de dedos no primeiro caso e 10/10 nos outros dois casos, vitrite e foco de coriorretinite em diferentes localizações da retina. Todos apresentavam IgG anti-T. gondii + e em dois dos casos os doentes apresentavam IgM anti-T. gondii +. Foram submetidos a terapêutica antiparasitária e corticoterapia, com con- trolo da inflamação. Conclusões: A forma primária de toxoplasmose ocular, apesar de raramente detectada clinica- mente, deve ser um diagnóstico a ter em conta perante qualquer coriorretinite de causa desco- nhecida, mesmo que na ausência de anticorpos IgM anti-T. gondii positivos. O diagnóstico tardio pode levar a graves consequências, que podem resultar não só do atraso no início do tratamento, como da aplicação de medidas inadequadas, nomeadamente o início de corticoterapia sem a respectiva cobertura antiparasitária.

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Como Citar

Lisboa, M., Brito, T., Rosa, R., Santos, A., Domingues, I., & Pinto Ferreira, J. (2014). Toxoplasmose Ocular Primária. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 37(2). https://doi.org/10.48560/rspo.6191

Edição

Secção

Comunicações Curtas e Imagens em Oftalmologia