Linfangioma orbitário: Revisão teórica e caso clínico

Autores

  • F. Mira Interno do Internato Complementar de Oftalmologia do Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • C. Paiva Assistente Hospitalar de Oftalmologia do Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • A. Mendes Interno do Internato Complementar de Oftalmologia do Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • J. Nolasco Interno do Internato Complementar de Oftalmologia do Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • R. Loureiro Director do Serviço de Oftalmologia do Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • T. Rocha Interno do Internato Complementar de Oftalmologia do Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • G. Castela Assistente Hospitalar de Oftalmologia do Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.6192

Palavras-chave:

Linfangioma orbitário, lesão veno-linfática, proptose aguda, orbitotomia.

Resumo

Introdução: O Linfangioma orbitário é uma lesão veno-linfática pouco comum. Pode manter-se quiescente durante vários anos podendo manifestar-se através de uma proptose aguda, hemato- ma palpebral ou conjuntival, alterações da motilidade ou mesmo por diminuição da acuidade visual. O diagnóstico é efectuado com recurso a exames imagiológicos, nomeadamente resso- nância magnética. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. Material e Métodos: Os autores apresentam o caso clínico de uma doente do sexo feminino de 10 anos que recorre ao serviço de urgência com hematoma subconjuntival associado a equimose palpebral inferior direita com 2 dias de evolução. Apresentava acuidade visual 10/10 bilateral- mente com proptose não axial direita (Hertel 21mm), sem outras alterações. Foi efectuado estudo de imagem, inicialmente através de TC que revelou lesão expansiva intracónica orbitária direita com 16 mm de diâmetro. Foi sugerida a realização subsequente de RM que confirmou a lesão. Optou-se inicialmente por uma atitude expectante com terapêutica médica, ao fim de 7 dias hou- ve agravamento da proptose e aparecimento de diplopia. Foi decidido efectuar excisão cirúrgica da lesão através de orbitotomia superior. Um ano após a cirurgia, a criança encontra-se bem, sem queixas visuais e sem deformação estética. Conclusão: A preservação da visão é um aspecto chave a ter em conta na abordagem dos doen- tes com Linfangioma orbitário. A evolução clínica, a idade de aparecimento e a repercussão visual são fundamentais na determinação da melhor atitude terapêutica a adoptar.

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Como Citar

Mira, F., Paiva, C., Mendes, A., Nolasco, J., Loureiro, R., Rocha, T., & Castela, G. (2014). Linfangioma orbitário: Revisão teórica e caso clínico. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 37(2). https://doi.org/10.48560/rspo.6192

Edição

Secção

Comunicações Curtas e Imagens em Oftalmologia