Análise estrutural do segmento anterior por tomografia de coerência ótica no glaucoma congénito primário

Autores

  • Luisa Vieira Interna do Complementar de Oftalmologia, Hospital Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, em complemento de formação no Centro Hospitalar Lisboa Central
  • Mariana Sá Cardoso Interna do Complementar de Oftalmologia, Centro Hospitalar do Baixo Vouga, em complemento de formação no Centro Hospitalar Lisboa Central
  • Rita Anjos Interna do Complementar de Oftalmologia, Centro Hospitalar Lisboa Central
  • Cristina Ferreira Assistente Hospitalar de Oftalmologia, Centro Hospitalar Lisboa Central
  • Ana Xavier Assistente Hospitalar Graduada de Oftalmologia, Centro Hospitalar Lisboa Central
  • Vítor Maduro Assistente Hospitalar de Oftalmologia, Centro Hospitalar Lisboa Central
  • Cristina Brito Assistente Hospitalar Graduada de Oftalmologia, Centro Hospitalar Lisboa Central

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.6632

Palavras-chave:

Glaucoma congénito primário, tomografia de coerência ótica de segmento anterior, ângulo irido- -corneano, morfologia de segmento anterior, acuidade visual.

Resumo

Objectivo: Analisar a morfologia do segmento anterior por tomografia de coerência ótica de segmento anterior (OCT-SA) em crianças com glaucoma congénito primário (GCP). Material e métodos: Realizou-se um estudo caso-controlo, prospetivo, em crianças com GCP e em crianças sem glaucoma (grupo controlo), seguidas em Consulta de Oftalmologia Pediátrica do Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central. Efectuou-se avaliação oftal- mológica completa e OCT-SA utilizando o protocolo AC biometry. Resultados: O estudo incluiu 27 olhos (17 crianças com GCP) e 22 olhos (11 crianças sem glau- coma). Detetaram-se valores significativamente superiores de profundidade central e largura da câmara anterior (CA) (p<0,001) e maiores distâncias de abertura do ângulo a 500 (p<0,001) e 750μm (p=0,001), áreas de espaço irido-trabecular a 500 e 750μm (p<0,001) e áreas do recesso do ângulo a 500 (p<0,001) e 750μm (p=0,001), no grupo GCP. A espessura da íris foi signifi- cativamente mais fina a 500μm do ângulo (p=0,011), no centro da íris (p<0,001) e na região mais espessa da mesma (p=0,001) no grupo GCP, assim como o comprimento da íris foi supe- rior (p<0,001). A largura de CA e a acuidade visual (logMAR) apresentam correlação positiva (r=0,688; p<0,001). Outros achados morfológicos: anteriorização e hipoplasia da íris, alteração da morfologia do ângulo no local de intervenção cirúrgica (goniotomia, trabeculotomia, trabecu- lectomia, válvula de Ahmed). Conclusão: Este primeiro estudo em crianças com GCP sugere que a OCT-SA é de aquisição relativamente fácil, poderá ajudar no seguimento clínico e cirúrgico e ser útil como fator prog- nóstico destes doentes.

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Como Citar

Vieira, L., Sá Cardoso, M., Anjos, R., Ferreira, C., Xavier, A., Maduro, V., & Brito, C. (2015). Análise estrutural do segmento anterior por tomografia de coerência ótica no glaucoma congénito primário. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 38(3). https://doi.org/10.48560/rspo.6632

Edição

Secção

Artigos Originais