Trabeculectomia Modificada (Moorfields Safer Surgery - MSS): Estudo da Estabilidade do Segmento Anterior com Pentacam®

Autores

  • Cristina Santos Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, E.P.E.
  • Cristina Santos Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, E.P.E.
  • Fernando Trancoso Vaz Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, E.P.E.
  • Mário Ramalho Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, E.P.E.
  • Catarina Pedrosa Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, E.P.E.
  • Coutinho Inês Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, E.P.E.
  • Mafalda Mota Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, E.P.E.
  • Maria Lisboa Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, E.P.E.
  • Paulo Kaku Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, E.P.E.
  • António Melo Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, E.P.E.

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.6674

Palavras-chave:

Trabeculectomia, Pentacam, suturas ajustáveis, punch, estabilidade

Resumo

Objetivo: Estudar eventuais alterações na câmara anterior (CA) objetivadas com Câmara de Scheimpflug (Oculus - Pentacam®) por comparação do olho a ser operado e/ou adelfo com as alterações obtidas no pós-operatório precoce após a realização de trabeculectomia segundo uma técnica modificada – Moorfields Safer Surgery (Trab MSS). Métodos: Trab MSS - Realizou-se trabeculectomia com flap conjuntival de base fórnix, disseção da conjuntiva alargada, área de aplicação de mitomicina extensa, utilização de estabilizador de CA com infusão contínua de solução salina balanceada (BSS), esclerostomia estandardizada com punch e combinação de suturas fixas e ajustáveis/removíveis, em 12 olhos de 12 doentes consecutivos. As principais variáveis avaliadas antes da cirurgia e no dia 1 (D1), semana 1 (S1) e mês 1 (M1) foram: pressão intraocular (PIO), volume da câmara anterior (VCA) e profundidade da câmara anterior (PCA). Fatores de exclusão: cirurgia prévia de catarata ou glaucoma, anisometropias superiores a 1,00 dioptria (D) e erro refrativo superior a -5,00 ou +4,00D de esfera ou 2,00D de cilindro. Resultados: A PIO pré-operatória foi de 31,3±7,27mmHg, 7,6±2,8mmHg em D1, 7,9±1,6 mmHg em S1, e 12,2±3,0mmHg em M1. As diferenças encontradas em relação ao VCA pré-operatório foram: 18,0±8,72 mm3 (11,93% p=0,065) em D1, 18,71±3,8 mm3 (11,44%, p=0,003) em S1, 1,2±7,6 mm3 (0,74%, p=0,879) em M1. Em relação à PCA: 0,17±0,3 mm (6,01%, p=0,622) em D1, 0,15±0,17 mm (5,15%, p=0,41) em S1, e 0,03±0,3 mm (0,74%, p=0,915) em M1. Conclusões: Os resultados obtidos neste estudo indicam que a Trab MSS está associada a pequenas variações dos parâmetros do segmento anterior, e que consequentemente esta técnica está associada a uma relativa estabilidade do mesmo. Tal facto parece conferir a esta técnica um melhor perfil de segurança quando comparada com a trabeculectomia convencional.

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Publicado

2015-12-25

Como Citar

Santos, C., Santos, C., Vaz, F. T., Ramalho, M., Pedrosa, C., Inês, C., Mota, M., Lisboa, M., Kaku, P., & Melo, A. (2015). Trabeculectomia Modificada (Moorfields Safer Surgery - MSS): Estudo da Estabilidade do Segmento Anterior com Pentacam®. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 39(1), 31–36. https://doi.org/10.48560/rspo.6674

Edição

Secção

Artigos Originais