OCRIPLASMINA NAS TRACÇÕES VITREOMACULARES: A EXPERIÊNCIA DO NOSSO SERVIÇO

Authors

  • Pedro Pereira Neves Centro Hospitalar de Setúbal

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.7309

Keywords:

Tracção vitreomacular, Ocriplasmina, Buraco macular, Vitreólise, Retina

Abstract

Objectivos: Após os estudos MIVI-TRUST, a ocriplasmina foi aprovada para a terapêutica de tracções vítreo-maculares focais, acompanhadas de alterações visuais e/ou de buraco macular <400μm. Os autores apresentam a sua experiência com a injecção de ocriplasmina e propõem um novo método de avaliação da área das TVMs. Métodos: durante o ano de 2014 foram seleccionados 8 doentes (9 olhos) com TVM focal ou buraco macular. Após a administração intravítrea de 125μg de ocriplasmina, cada doente foi avaliado diariamente nos primeiros 7 dias e, depois, semanalmente. O follow-up mínimo foi de 6 meses. Resultados: a idade média na amostra foi de 70,8 anos, com 5 olhos fáquicos e 4 pseudo-fáquicos. Um doente tinha um buraco macular de 263µm. O tamanho da TVM médio foi de 449.3 µm, sendo a área de aderência média de 0.19mm2. Constatou-se resolução total da tracção vítreo-macular em 44% (4 casos) e parcial em 11% (1 caso). A libertação constatou-se em média aos 20.8 dias, tendo um caso libertando apenas ao 56º dia. A área média de aderência do grupo que não libertou foi o dobro da média dos doentes com libertação da TVM (0.12 vs 0.25 mm2, respectivamente). A acuidade visual média no grupo com sucesso melhorou em 2/10 no 1º mês e em 3/10 ao 6º mês. Não reportamos eventos adversos graves. Conclusão: verificámos uma taxa de sucesso superior à descrita no estudo MIVI-TRUST. Provavelmente, tal deveu-se a melhores critérios de selecção. A medição da área de aderência revelou-se potencialmente útil na avaliação da TVM.

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Author Biography

Pedro Pereira Neves, Centro Hospitalar de Setúbal

Médico Interno do Complementar de Oftalmologia

Centro Hospitalar de Setúbal

Published

2016-07-19

How to Cite

Neves, P. P. (2016). OCRIPLASMINA NAS TRACÇÕES VITREOMACULARES: A EXPERIÊNCIA DO NOSSO SERVIÇO. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 40(1). https://doi.org/10.48560/rspo.7309

Issue

Section

Original Article