Défices Cognitivos na Perturbação Depressiva Major

Autores

  • Joana Silva Ribeiro Centro de Responsabilidade Integrado de Psiquiatria, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra http://orcid.org/0000-0002-0701-3803
  • Adriana Pestana Santos Centro de Responsabilidade Integrado de Psiquiatria, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Nuno Madeira Centro de Responsabilidade Integrado de Psiquiatria, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Instituto de Psicologia Médica, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra http://orcid.org/0000-0001-5009-8841

DOI:

https://doi.org/10.25752/psi.12761

Palavras-chave:

depressão, défice cognitivo, cognição

Resumo

Introdução: Os défices cognitivos têm sido extensamente descritos nas perturbações depressivas. Os doentes com perturbação depressiva apresentam frequentemente défices da memória verbal e visual, da fluência verbal, atenção e memória de curto prazo. Além dos défices referidos nas fases agudas, tem sido relatada a manutenção de alguns desses défices depois de alcançadas fases de eutimia.
Objetivos: Rever a literatura actual sobre défices cognitivos na perturbação depressiva major e sua abordagem terapêutica.
Métodos: Revisão não-sistemática da literatura através de pesquisa bibliográfica na base de dados Pubmed utilizando as palavras-chave “depression”, “major depressive disorder”, “cognitive impairment”, “cognitive function”, “cognition”.
Resultados e Conclusões: Alguns estudos relacionaram os défices cognitivos na depressão com o uso de fármacos antidepressivos. No entanto, alterações semelhantes foram encontradas em doentes não medicados que mantêm défices cognitivos residuais com impacto significativo na sua vida, mesmo após tratamento adequado e alcance da eutimia. Na literatura é ainda reportado que diferentes padrões de défices cognitivos são encontrados em doentes medicados com diferentes antidepressivos e em doentes em remissão após episódio depressivo e não medicados. Os mecanismos subjacentes aos défices cognitivos na perturbação depressiva não estão totalmente compreendidos, mas têm um impacto funcional significativo nas vidas destes doentes. Neste sentido, novas abordagens terapêuticas têm sido ensaiadas, das quais é exemplo a remediação cognitiva, tradicionalmente aplicada em indivíduos com esquizofrenia ou doença bipolar.

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Publicado

2019-08-18

Edição

Secção

Artigos de Revisão