Mania Após Estimulação do Núcleo Subtalâmico na Doença de Parkinson

Autores

  • Ana Patrícia Santos Velosa Departamento de Psiquiatria, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas - Universidade NOVA de Lisboa
  • Bruno Silva Departamento de Psiquiatria, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas - Universidade NOVA de Lisboa
  • Albino J. Oliveira-Maia Departamento de Psiquiatria, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas - Universidade NOVA de Lisboa
  • Paulo Bugalho Departamento de Neurologia, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas - Universidade NOVA de Lisboa
  • Bernardo Barahona-Correa Champalimaud Research and Clinical Centre, Champalimaud Centre for the Unkown

DOI:

https://doi.org/10.25752/psi.18610

Palavras-chave:

Mania, Estimulação Cerebral Profunda, Núcleo Subtalâmico, Doença de Parkinson

Resumo

Introdução: A estimulação cerebral profunda do núcleo subtalâmico (STN-DBS) é um tratamento eficaz para a doença de Parkinson avançada. Contudo, têm sido descritas complicações neuropsiquiátricas importantes, nomeadamente mania. O risco de mania pós-DBS parece ser maior quando são estimuladas áreas ventromediais do núcleo subtalâmico (STN), e é também influenciado pela voltagem e polaridade da estimulação, assim como pela medicação concomitante.

Objetivos: Relatar dois casos de mania após STN-DBS.

Métodos: Relato de casos clínicos e revisão narrativa da literatura.

Resultados e Conclusões: Descrevemos dois casos de mania, de novo, após STN-DBS, associada à estimulação monopolar de elevada voltagem de regiões ventromediais do STN.

A mania é uma complicação aguda e grave da STN-DBS. Embora os mecanismos envolvidos permaneçam por esclarecer, é possível que envolvam a difusão da estimulação para componentes do circuito cortico-estriado límbico. Esta é mais provável quando o alvo tem localização ventromedial e é utilizada estimulação monopolar e de elevada voltagem. O reconhecimento e tratamento precoce desta complicação é crucial para um prognóstico favorável.

 

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Publicado

2022-09-07

Edição

Secção

Casos Clínicos