Psicopatologia e exposição a tempo de ecrã em adultos

Autores

  • Mário Castro Marques dos Santos Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do CHVNG/E (Centro Hospitalar Gaia/Espinho) http://orcid.org/0000-0002-5984-7308
  • Tânia Rodrigues
  • Ana Vera Costa
  • Alexandra Rafael
  • Marta de Almeida
  • Miguel Gouveia
  • Sara Guimarães Fernandes
  • Susana Santos
  • Sara Melo
  • Sandra Borges
  • Graça Mendes
  • Lima Monteiro

DOI:

https://doi.org/10.25752/psi.18838

Palavras-chave:

Tempo de ecrã; Psiquiatria; Perturbação Depressiva; Perturbação de Ansiedade; Distúrbios do sono.

Resumo

Introdução e Objetivos: As perturbações ansiosas e depressivas são hoje prevalentes, com impacto significativo nas populações. Nas últimas décadas, assistimos ao aparecimento de inúmeros dispositivos com ecrã que se incorporaram na nossa rotina diária, o que levou a uma exposição crescente dos indivíduos a estes. Pretendemos caracterizar uma amostra da população portuguesa e estudar a relação entre o tempo de ecrã e a psicopatologia e perceber se estão diretamente associados, como postulado por estudos internacionais.

Métodos: Usando questionários de autopreenchimento no contexto da consulta, avaliamos a história de hábitos de contacto com os diferentes tipos de ecrã em adultos jovens (18-45 anos) com seguimento em consulta de Psiquiatria por perturbações afetivas e/ou ansiosas, em comparação com adultos jovens sem psicopatologia conhecida, a partir de uma amostra de conveniência nos Cuidados de Saúde Primários.

Resultados e Conclusões: Não foi encontrada uma associação entre o tempo de ecrã e a presença de psicopatologia. Ainda assim, concluímos que a grande maioria dos adultos (72,4%) está exposta a ecrãs mais de quatro horas por dia. Também constatámos que, entre os controlos, aqueles que fazem um uso excessivo de ecrã, usam-no frequentemente para adormecer e apresentam mais dificuldades para iniciar o sono. Este trabalho reforça a necessidade de mais investigação sobre o real impacto do tempo de ecrã na saúde mental dos indivíduos, no sentido de promover o uso racional destas tecnologias.

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Publicado

2022-09-07

Edição

Secção

Artigos Originais