Alucinações Auditivo-Verbais Na Esquizofrenia: Uma Revisão Sobre A Abordagem Cognitivo-Comportamental
DOI:
https://doi.org/10.25752/psi.19469Palavras-chave:
esquizofrenia, alucinações, perturbações psicóticas, psicoterapia cognitivo-comportamentalResumo
Introdução: A esquizofrenia é uma doença mental grave cuja apresentação clínica inclui sintomas positivos, sintomas negativos, desorganização do pensamento, alterações afetivas e cognitivas. As alucinações auditivas e, em especial, as auditivo-verbais, são comuns nesta doença e causam grande sofrimento psíquico e limitação funcional. A psicoterapia cognitivo-comportamental dirigida às alucinações auditivo-verbais visa a mudança das crenças desadaptativas desenvolvidas pelos doentes acerca das vozes e substituição das mesmas por crenças mais adequadas, e é uma intervenção eficaz como terapia adjuvante dos psicofármacos no tratamento de alucinações auditivo-verbais na
esquizofrenia, com evidência acumulada na literatura nas últimas décadas e corroborada por estudos de revisão recentes.
Objetivos: Este trabalho tem como objetivo a realização de uma revisão atualizada da literatura com o objetivo de resumir a conceptualização cognitiva e estratégias da psicoterapia cognitivo-comportamental das alucinações auditivo-verbais na esquizofrenia, eficácia, limitações das mesmas e possíveis desenvolvimentos futuros.
Métodos: Realizámos uma revisão não sistemática da literatura da base de dados PubMed de artigos publicados entre dia 1 de Dezembro de 1999 e 1 de Dezembro de 2019, utilizando combinações dos termos de pesquisa “cognitive behavioral therapy”, “schizophrenia” e “hallucinations”. Os artigos incluídos foram selecionados a partir de revisão de título e resumo. Adicionalmente, foram consultados livros de texto de referência.
Resultados e Conclusões: A psicoterapia cognitivo-comportamental é uma ferramenta terapêutica importante e eficaz na abordagem das alucinações na esquizofrenia e deveria fazer parte dos serviços de saúde mental prestados aos doentes com esquizofrenia. Nos últimos anos, têm sido desenvolvidas novas terapias, e a realidade virtual surgiu como uma ferramenta promissora no tratamento das alucinações. Serão necessários mais estudos para consolidar a evidência acerca da eficácia dos progressos recentes nesta área.
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