Ao Encontro da Comunidade Por Vir - Reflexões sobre Psiquiatria Comunitária
DOI:
https://doi.org/10.25752/psi.3468Palavras-chave:
Psiquiatria Comunitária, Comunidade, Cultura, Competência Cultural, Saúde Mental Global, Capital Social, Investigação ParticipanteResumo
Introdução: A transformação constante das comunidades e a sua relação com a patologia mental tem sido alvo de debate e investigação nas últimas décadas, embora não seja claro a sua real incorporação na prática psiquátrica.
Objectivos: Os objectivos deste artigo são rever a pertinência da compreensão das comunidades para a prática Psiquiátrica, sobretudo Comunitária, bem como instrumentos metodológicos e conceptuais que permitam essa incorporação.
Métodos: Revisão seleccionada de literatura sobre Psiquiatria Comunitária e Cultura, Comunidades, e Inequidade em Saúde Mental.
Resultados: O presente artigo começa com uma revisão do significado de Comunidade e dos princípios definidores da Psiquiatria Comunitária e a pertinência de serem, ou não, culturalmente sensíveis. Este aspecto é ilustrado com dois exemplos da preocupação com a Cultura e Alteridade na compreensão da Saúde Mental e Organização de Serviços (a nível das Comunidades Internacionais e a nível das comunidades Locais, ressalvando-se o papel que alguns métodos de trabalho, como a observação participante, podem desempenhar nestes contextos). Reflectimos por último sobre o conceito de Capital Social como um modelo teórico que antecipa a pertinência da incorporação das comunidades no pensamento Psiquiátrico.
Conclusão: A Psiquiatria e em particular a Psiquiatria Comunitária, reconhecendo uma diversidade de metodologias e permeável a modelos de áreas científicas limítrofes, pode finalmente eleger a Comunidade como plano de análise e integra-la na sua praxis.
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