O Estigma da Doença Mental: Que Caminho Percorremos?
DOI:
https://doi.org/10.25752/psi.4102Palavras-chave:
Estigma, Doença Mental, Estratégias Anti-estigmaResumo
O estigma da doença mental tem sido alvo de crescente atenção nos últimos anos, com um aumento exponencial de publicações sobre o tema. Este fenómeno constitui para os doentes uma fonte de sofrimento, representando um obstáculo à concretização de projectos pessoais e à integração social plena, objectivo principal da prática psiquiátrica actual. Neste artigo, os autores fazem uma revisão selectiva do tema do estigma da doença mental, abordando as suas definições, origens, repercussões, vivências dos doentes e abordagens para o combater. A literatura revela tratar-se de um fenómeno complexo, cujas definições provêm de diferentes campos do conhecimento (sociologia, psicologia e psiquiatria). O seu impacto na vida das pessoas com doença mental é evidente, condicionando perda de oportunidades, prejuízo da auto-estima e auto-conceito, qualidade de vida, suporte social e empowerment e actuando como uma barreira ao desempenho dos papéis sociais habituais. O estigma parece ainda comprometer o acesso a cuidados de saúde, não apenas ao tratamento psiquiátrico, mas também a cuidados médicos gerais, com aumento da morbilidade e mortalidade desta população vulnerável. Tem sido dedicado um considerável esforço à compreensão deste fenómeno e ao delinear de estratégias anti-estigma, que passam também pela sensibilização dos profissionais de saúde para o tema, tendo em vista a melhoria da prática clínica e qualidade dos cuidados prestados.
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