Reacções Adversas Medicamentosas Cutâneas Associadas aos Psicofármacos: Uma Revisão da Literatura

Autores

  • Filipa Novais Centro hospitalar Lisboa Norte, EPE Faculdade de Medicina de Lisboa
  • João Pedro Vasconcelos Centro hospitalar Lisboa Norte, EPE Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa
  • Diogo Telles-Correia Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE Faculdade de Medicina de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.25752/psi.5991

Palavras-chave:

Psychiatric, Psychotropic, Cutaneous, Adverse Reaction, Antidepressive Agents, Antipsychotics, Benzodiazepines, Mood Stabilizers, Anticonvulsant, Dementia.

Resumo

Introdução: Os psicofármacos são, muitas vezes, associados a reacções adversas medicamentosas cutâneas. Grande parte destas reacções tem um carácter benigno, sendo no entanto, importante considerar o seu papel no aumento do estigma e adesão terapêutica. Uma pequena parte das reações adversas medicamentosas cutâneas pode evoluir para quadros graves e potencialmente fatais.

Objectivos: Esta revisão pretende analisar as reacções adversas medicamentosas cutâneas mais frequentes em doentes medicados com psicofármacos.

Métodos: Neste trabalho, efetuou-se uma pesquisa na literatura anglo-saxónica, de 1999 até 2014, pela MEDLINE, utilizando como palavras-chave: psychiatric, psychotropic, cutaneous, adverse reaction, antidepressive agents, antipsychotics, benzodiazepines, mood stabilizers, anticonvulsant, dementia. Foi, ainda, consultada informação acerca dos medicamentos disponibilizada no site do Infarmed.

Resultados: Foram encontrados 121 artigos com referência a reacções adversas medicamentosas cutâneas associadas aos psicofármacos. Os medicamentos mais frequentemente associados a este tipo de efeito adverso foram os fármacos anticonvulsivantes e estabilizadores do humor, seguindo-se os antipsicóticos. Os antidemenciais foram raramente associados a toxidermias graves.

Discussão e Conclusão: Os psicofármacos podem ser responsáveis por um largo leque de reações tóxicas dermatológicas. Parte destes efeitos secundários poderá ser resolvido com a redução ou interrupção do fármaco. Em casos mais graves deve ser feita a referenciação ao especialista em dermatologia.

Biografia Autor

Filipa Novais, Centro hospitalar Lisboa Norte, EPE Faculdade de Medicina de Lisboa

Interna de Psiquiatria do Hospital de Santa Maria

Docente livre da Faculdade de Medicina de Lisboa

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Publicado

2015-06-01

Edição

Secção

Artigos de Revisão