Estudo para a validação da técnica dos n-alcanos para estimativa da ingestão e da digestibilidade em porcos Alentejanos

Autores

  • T. Ribeiro
  • M. I. Ferraz-de-Oliveira
  • C. Mendes
  • M. C. d'Abreu

DOI:

https://doi.org/10.19084/rca.15415

Resumo

Os n-alcanos presentes na cutícula das plantas têm sido utilizados com sucesso como marcadores fecais para a estimar a ingestão e a digestibilidade ~ dos alimentos em ruminantes. Em porcos, existem poucos trabalhos publicados referentes à utilização da técnica dos n-alcanos, particularmente em suínos de raça Alentejana.

Este trabalho teve como objectivo a validação da técnica dos n-alcanos para a estimativa da ingestão e digestibilidade dos alimentos em porcos de raça Alentejana. Para tal, realizou-se um ensaio em caixas metabólicas, numa sala de ambiente controlado, com 8 porcos alentejanos, machos, com peso médio de cerca de 58 kg.

Foi fornecida uma dieta, composta por 3 kg de bolota e 400 g de erva, distribuída em duas refeições diárias. Os animais foram aleatoriamente distribuídos por 2 grupos de 4 animais cada. Aos animais do grupo 1 foi fornecido um bolinho por dia, contendo 100 mg de C32 e 150 mg de C36 e aos animais do grupo 2, 2 bolinhos por dia contendo 50 mg de C32 e 75 mg de C36.

Foram feitas recolhas de fezes para amostragem a partir do primeiro dia de administração dos n-alcanos, durante 10 dias, para determinação do perfil de excreção dos marcadores; recolhas de fezes per rectum, de 4 em 4 horas, durante 3 dias para determinar a variação diurna da concentração fecal dos n-alcanos, e recolhas das fezes totais, durante 5 dias, para determinar as recuperações dos n-alcanos.

A estabilização da excreção dos n-alcanos foi atingida no 5º dia após o primeiro dia de administração. Não se verificaram variações diurnas das concentrações fecais dos nalcanos pares e ímpares, pelo que em condições semelhantes às do presente ensaio, as estimativas de ingestão e digestibilidade poderão ser baseadas em apenas uma colheita diária de amostra de fezes.

As recuperações fecais dos C32 e C36 foram de 106,8% e 110,0%, e as dos C27, C29 e C31 de 75,1%, 133,9% e 91,5%, respectivamente. Dado o elevado erro padrão das médias (10,7), aquelas taxas de recuperação não foram significativamente (P=0,05) diferentes.

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Publicado

2018-11-10

Edição

Secção

Geral