Perceção sobre o conhecimento e confiança dos consumidores nos produtos transgénicos

Autores

  • Maria Isabel Ribeiro
  • Catarina Couto
  • Renata Ribeiro
  • Sónia Silva

DOI:

https://doi.org/10.19084/RCA16234

Resumo

Desde a década de 90 do século passado que se tem intensificado a produção de transgénicos na expetativa de melhorar as variedades já existentes ou desenvolver novas, mais robustas, de maior qualidade e rendimento. O presente estudo teve como objetivo ter uma perceção sobre o conhecimento e a confiança da população da cidade de Bragança sobre os transgénicos. Foi desenvolvido um estudo quantitativo e descritivo que teve como base uma amostra acidental, constituída por 280 indivíduos residentes na cidade de Bragança com idades entre os 18 e os 88 anos. Mais de metade dos inquiridos (60,4%) afirmou saber o que são produtos transgénicos sendo que apenas 31,4% referiu já os ter consumido. Na hora da compra, a preferência da maioria recaiu sobre os produtos convencionais (60%). De destacar que uma parte significativa afirmou estar disposta a comprar estes produtos desde que sejam mais nutritivos (50%) ou mais baratos (11,8%). Por outro lado, consideraram que a existência destes produtos no mercado pode melhorar a qualidade de vida das populações (46,8%) e, por isso, reconheceram ser importante o desenvolvimento de mais investigação nesta área (51,1%) para que haja mais informação disponível (86,4%) que permita ao consumidor tomar uma decisão mais informada e consciente. Considerando as divergências existentes na comunidade científica quanto aos riscos dos transgénicos para o meio ambiente e para a saúde humana, 41,1% dos inquiridos consideraram que estes produtos deveriam ser proibidos e só 20% eram da opinião de que a biotecnologia já fornece as garantias de segurança suficientes. Pode concluir-se que o consumidor não se considera bem informado sobre os produtos transgénicos e, por isso, no momento da compra opta pela decisão que considera ser de menor risco. Uma vez que a biotecnologia pode oferecer, incontestavelmente, benefícios para o rendimento sustentável, acréscimo de alimentos e prosperidade económica, torna-se fundamental, informar e educar o consumidor.

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Publicado

2019-01-13

Edição

Secção

Geral