Avaliação de cultivares tradicionais de trigo da Ilha da Madeira quanto à tolerância ao excesso de Ferro

Authors

  • Ana Maria Domingues
  • Miguel Ângelo Pinheiro de Carvalho

DOI:

https://doi.org/10.19084/rca.16064

Abstract

Desde o século quinze que é tradicionalmente cultivado trigo na Ilha da Madeira. Em sequeiro, sob condições microclimáticas diversificadas, em terraços isolados e dispostos em encostas íngremes, o trigo ocupa solos ácidos, sobretudo da classe dos Andossolos, com elevada concentração de ferro. Nestes solos, os óxidos de ferro constituem o principal agente inorgânico de ligação das partículas do solo, contribuindo para a estabilidade dos agregados.

Foi realizada uma experiência com sessenta cultivares tradicionais de trigo (landraces de Triticum spp.) do Banco de Germoplasma, da Universidade da Madeira, em soluções nutritivas com 10 (controlo) ou 600 mM Fe, durante 5 dias, após 2 dias de crescimento inicial das plântulas. O alongamento da principal raiz primária foi medido para cada planta sob stress e calculada a média do incremento relativo ao controlo (como percentagem de Incremento Radicular Relativo ou IRR; n = 28). O IRR evidenciou ser um indicador sensível da toxicidade do ferro em trigo. Mais de 85% do germoplasma estudado evidenciou IRR superior a 50%, enquanto o IRR correspondente a sete landraces ultrapassou o valor de 70%. Isto foi considerado como indicador da maior tolerância ao excesso de ferro destas landraces de trigo, as quais poderão ter especial interesse na ocupação de solos ricos em compostos inorgânicos de ferro, nas zonas tropicais e subtropicais.

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Published

2018-12-17

Issue

Section

General