Tomate para indústria: biodiversidade e infra-estruturas ecológicas
DOI:
https://doi.org/10.19084/rca.15599Resumen
Neste trabalho são apresentadas considerações teóricas respeitantes às funções ecológicas da biodiversidade e das infra-estruturas ecológicas e ao seu papel como potenciadores da acção dos inimigos naturais, nos ecossistemas agrários.
É abordado o caso particular do ecossistema tomate para indústria, no Ribatejo. Nesta cultura, a praga-chave é a lagarta do tomate, que é acompanhada por um complexo de inimigos naturais, essencialmente, parasitóides. Este complexo de parasitóides foi monitorizado entre 2002 e 2004, no âmbito do projecto AGRO 189 – Protecção integrada em tomate para indústria, tendo-se verificado que é uma comunidade presente nos campos todos os anos e que pode exercer grande influência sobre as populações de lagarta do tomate.
São referidas algumas observações realizadas no decorrer do trabalho de campo e relacionadas com a disponibilidade de infraestruturas ecológicas nos campos estudados, nomeadamente aspectos da dinâmica populacional das pragas e dos inimigos naturais e de biodiversidade do complexo de parasitóides.
Partindo do pressuposto que os inimigos naturais e as pragas beneficiam diferenciadamente das infra-estruturas ecológicas, é discutida a possibilidade de manipulação dos ecossistemas agrários de modo a favorecer os auxiliares.