Efeito da moenda fina das amostras de terra na determinação dos teores de azoto total e carbono total e orgânico
DOI:
https://doi.org/10.19084/rca.15766Resumen
A Norma ISO 11464, relativa à preparação de amostras de terra para análise físicoquímica, preconiza, para tomas de material inferiores a 2 g, que as mesmas sejam sujeitas a moenda fina (< 0,250 mm) de modo a permitir que a homogeneidade da amostra seja tal que a variabilidade dos resultados seja minimizada. A fim de avaliar a possibilidade de dispensar este moroso passo na determinação dos teores de azoto total e carbono total e orgânico, procedeu-se à quantificação destes elementos em subamostras apenas moídas manualmente e crivadas (< 2 mm) e noutras que, posteriormente à crivagem, foram sujeitas a uma moenda fina. Utilizaram-se, para o efeito, amostras de sete solos de Portugal Continental, derivadas de diferentes materiais: (a) arenitos (Podzol – PZ); (b) complexo derivado de xistos e rañas (Luvissolo férrico – LVfr); (c) dioritos ou gabros (Vertissolo pélico – VRpe); (d) granitos (Cambissolo dístrico –CMdy); (e) calcários (Cambissolo calcárico – CMca); (f) aluviões (Fluvissolo – FL) e (g) xistos (Luvissolo háplico – LVha).
A determinação do carbono total foi efectuada pelo método da combustão seca num analisador elementar segundo a Norma ISO 10694, o teor de carbono orgânico foi calculado a partir do carbono total deduzindo a quantidade deste elemento que está presente na forma de carbonatos e a determinação do azoto total foi efectuada por combustão seca da amostra num analisador elementar segundo a Norma ISO 13878.
Os resultados obtidos revelaram que o grau de moenda não afectou significativamente (p>0,05) os resultados e a moenda fina da amostra não aumentou significativamente (p>0,05) a precisão dos mesmos, quer em termos do teor de azoto total quer de carbono total e orgânico, sugerindo ser dispensável a moenda fina das amostras.