Doses de ácido giberélico na produção e qualidade de laranja Natal no estado de São Paulo, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.19084/rca.25056Resumen
O crescimento e importância da citricultura brasileira no mundo passa pela introdução de tecnologias como a utilização de reguladores vegetais como o ácido giberélico (GA3). Os efeitos das doses de 0, 5, 10 e 15 mg L-1 de GA3 (Pro-Gibb®) associado ao surfactante Silwett L-77® a 0,5 mL L-1, foram avaliados em experimento pulverizando as plantas de um pomar de laranjeira Natal na região Norte do estado de São Paulo, Brasil. A aplicação dos tratamentos deu-se anualmente, durante dois anos, quando os frutos ainda estavam totalmente verdes, porém antes do florescimento da próxima safra. Os resultados mostraram por ocasião da colheita que o tratamento das laranjeiras Natal com ácido giberélico associado a surfactante siliconado, diminuiu a abscisão de frutos pela menor força necessária para destacar os frutos das plantas durante a colheita e aumentou significativamente a resistência da casca à punctura. A manutenção da coloração mais esverdeada da casca dos frutos, avaliado através de colorímetro, os tornam menos atrativo às moscas das frutas e assim possibilita retardar as aplicações de inseticidas para controle das moscas. Além disso, permite retardar as colheitas armazenando os frutos nas plantas, com colheitas escalonadas para além do período normal para a variedade. Sugere-se doses de 5 a 10 mg L-1 GA3 + surfactante (0,05% L77) para se obter as melhores respostas em laranjas variedade Natal, na menor dose possível. Os tratamentos com GA3 não afetaram a produtividade do pomar de laranja Natal, bem como, a maturação e qualidade tecnológica dos frutos.