Tolerância ao alumínio em cultivares tradicionais de feijoeiro da Madeira

Autores

  • Ana Maria Domingues
  • Emanuel da Silva
  • Gregório Freitas
  • José Filipe Ganança
  • Humberto Nóbrega
  • Jan J. Slaski
  • Miguel Ângelo Pinheiro de Carvalho

DOI:

https://doi.org/10.19084/rca.16292

Resumo

O feijão (Phaseolus vulgaris L.) é a leguminosa mais importante do mundo, fornecendo proteína, sais minerais e fibra dietética de baixo custo e elevada qualidade para a nutrição humana. A cultura foi originada em centros de diversidade do continente americano e exibe capacidade de adaptação a condições ambientais diversas, incluindo a solos com baixo pH. Os solos ácidos ocupam 30% das áreas agro-florestais do globo terrestre. Na Madeira, os Andossolos ácidos e os Cambissolos insaturados constituem os grupos dominantes de solos. Geralmente, em condições de acidez e infertilidade, além da toxicidade do hidrogenião (H+), a presença de alumínio solúvel (Al) na solução do solo constitui um dos factores abióticos mais limitantes do desenvolvimento e rendimento das culturas. No terreno, as raízes ocultas são também afectadas e a redução do crescimento radicular pode ser observada muito precocemente nas plantas jovens. Foram testadas cinquenta cultivares tradicionais de feijoeiro do Arquipélago da Madeira, sob condições controladas, em relação à tolerância a 50 µM Al com pH 4.4. Das cultivares tradicionais estudadas, a maioria mostrou ter sensibilidade moderada ou elevada à toxicidade do Al. Contudo, quinze evidenciaram tolerância à toxicidade do Al, expressa pela média do alongamento relativo da raiz principal (RRE) superior a 50%, enquanto seis alcançaram valores acima de 60%. O germoplasma de feijão da Madeira constitui um recurso valioso em agricultura sustentável em solos ácidos e poderá contribuir para o melhoramento genético da cultura relativamente à tolerância ao Al.

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Publicado

2019-01-03

Edição

Secção

Geral