Qualidade nutricional e tecnológica dos alimentos na ótica do consumidor

Autores

  • Maria Isabel Ribeiro
  • António Fernandes
  • Paula Cabo
  • Alda Matos

DOI:

https://doi.org/10.19084/RCA16233

Resumo

A qualidade e a segurança dos alimentos são importantes fatores para a tomada de decisão dos consumidores. Este trabalho de investigação teve como objetivos conhecer a perceção dos consumidores em relação à qualidade nutricional e tecnológica dos alimentos e conhecer os seus hábitos de compra. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal que teve como base a aplicação de um questionário. A recolha de dados foi realizada de abril a julho de 2015 em três superfícies comerciais do Concelho de Bragança. Na totalidade participaram 200 indivíduos, dos quais, 52,5% eram do género feminino. A maioria tinha idade compreendida entre os 18 e os 24 anos (50,5%), era casado ou vivia em união de facto (72,5%), possuía como habilitações literárias, o ensino secundário (52,5%) e usufruía de um rendimento mensal líquido inferior a 1000 (81%). A maioria dos consumidores afirmou que tem em conta o valor nutricional dos alimentos que consome (63,5%), embora apenas 43,2% tenha o hábito de avaliar a tabela nutricional dos mesmos. O que chama mais a atenção dos consumidores no rótulo é a validade (51%), os ingredientes (31,7%), a tabela nutricional (16,1%) e, por último, a marca (8%). Habitualmente, na opinião dos consumidores, a qualidade de um produto relaciona-se com a nutrição (50,8%), a higiene (31,7%) e o preço (23,1%), sendo os três fatores considerados mais importantes no momento da compra. Para o consumidor as tecnologias são importantes e contribuem para aumentar o valor nutricional dos alimentos (53,5%), destacando-se, a Irradiação (26,9%), os Aditivos e Conservantes (20,3%) e a Secagem (15,3%) como as mais prejudiciais do ponto de vista nutricional. O consumidor considera obter alimentos de maior qualidade nutricional, saudável e tecnológica, nos grupos das frutas (61,4%), leguminosas (57,7%) e cereais (41,6%). O consumidor está, atualmente, mais exigente quanto à qualidade dos alimentos, destacando-se nesta investigação a nutrição e a higiene.

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Publicado

2019-01-13

Edição

Secção

Geral