Competências dos estudantes de licenciatura em enfermagem em cenários de catástrofe: das necessidades educativas à regulamentação curricular

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12707/RV20131

Palavras-chave:

estudantes de enfermagem, desastres naturais, educação baseada em competências, educação em enfermagem

Resumo

Enquadramento: Os enfermeiros assumem uma responsabilidade determinante na resposta a situações de catástrofe, nesta continuidade torna-se imperativo que recebam formação adequada neste domínio. No entanto, a maioria dos cursos de licenciatura em enfermagem em Portugal não inclui conteúdos no domínio da catástrofe.

Objetivo: Este estudo pretende compreender o contributo das escolas de enfermagem para o desenvolvimento dos conhecimentos e das competências dos estudantes de licenciatura no domínio da catástrofe e os obstáculos que se colocam à integração destes conteúdos nos planos curriculares da licenciatura em enfermagem.

Metodologia: Estudo qualitativo com recurso à triangulação metodológica, através de entrevistas e grupo focal, com o objetivo de explorar as perceções de 35 professores de enfermagem e 6 enfermeiros com experiência na prestação de cuidados de saúde em situações de catástrofe acerca da introdução de conteúdos neste domínio nos planos.

Resultados: O estudo revela que a gestão e preparação para situações de catástrofe deve ser integrada no 1º ciclo em enfermagem de modo a garantir o desenvolvimento efetivo e a regulamentação mais objetiva das competências dos estudantes neste domínio.

Conclusão: As escolas de enfermagem portuguesas precisam de promover e desenvolver a formação na resposta em situações de catástrofe em enfermagem e uma regulamentação mais inclusiva e objetiva desta área.

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Publicado

2021-06-01

Como Citar

Santos, P. A. F. dos, Rabiais, I. C. M. ., Berenguer, S. M. A. C. ., & Amendoeira, J. J. P. (2021). Competências dos estudantes de licenciatura em enfermagem em cenários de catástrofe: das necessidades educativas à regulamentação curricular. Revista De Enfermagem Referência, 5(6), 1–8. https://doi.org/10.12707/RV20131

Edição

Secção

Artigos de Investigação